sábado, 2 de agosto de 2008

Parkinson e Alzheimer: Investigadores portugueses avançam para a cura

Citação de: http://www.ciberjunta.com/parkinson_alzheimer_investigadores_portugueses_harvard030408.html

Dois investigadores portugueses desenvolveram em Harvard uma pesquisa que permitiu perceber a causa da morte dos neurónios, responsável pelo desenvolvimento do mal de Alzheimer e da doença de Parkinson.

Os doentes de Parkinson e de Alzheimer e as suas famílias podem alimentar uma nova esperança no combate a estas doenças, graças a um estudo de dois investigadores portugueses, que se assume como mais uma peça num dos mais intrigantes puzzles da comunidade científica.

Desenvolvida na Harvard Medical School, em Cambridge, nos Estados Unidos da América, esta pesquisa lusa permite dar mais um passo no sentido da cura da doença e no combate a potenciais casos que ainda não foram revelados.

Já era conhecido que os doentes de Parkinson e de Alzheimer sofrem de graves alterações nas proteínas cerebrais, que adquirem novas formas e se tornam­ incapazes. Nunca mais recuperam, até que morrem e abrem caminho a doenças neurodegenerativas.

Agora, os investigadores portugueses Tiago Outeiro e Filipe Carvalho descobriram onde reside a causa da morte dos neurónios, que provoca estes problemas de saúde fatais. Microprecursores de aglomerados proteicos nos neurónios altamente tóxicos levam à morte lenta desses neurónios.

Aqui reside a génese das doenças neurodegenerativas, o que até hoje era desconhecido. O desafio dos investigadores passa a ser, deste modo, criar um fármaco capaz de travar o processo de morte dessas células, desde a alteração das suas formas.

A pesquisa consiste na divisão em duas metades não funcionais de uma proteína fluorescente, para que esta seja agregada. Quando esse processo se conclui, gera-se uma fluorescência que permite detectar, no interior dos neurónios, esses microprecursores tóxicos.

"Esta investigação, além de permitir um avanço na observação das partículas tóxicas, abre novas oportunidades terapêuticas, no processo de redução da toxicidade nos neurónios", explica Tiago Outeiro.

A pesquisa portuguesa foi desenvolvida ao longo de 18 meses e já mereceu destaque numa revista científica internacional: a PlosOne. Só em Portugal, há cerca de 70 mil com o mal de Alzheimer e mais 20 mil que padecem da doença de Parkinson.

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