quinta-feira, 29 de maio de 2008

Estudo indica que aspirina diminui risco de Alzheimer

Doses regulares de aspirina podem reduzir os riscos de Mal de Alzheimer, segundo um estudo realizado por especialistas americanos.

» Beber ou fumar em excesso traz Alzheimer mais cedo
» Cafeína pode ajudar contra o Alzheimer
» Aspirina pode reduzir âncer de mama até 20%
» Resistentes à aspirina têm mais risco cardíaco

A pesquisa mostrou que pessoas que usam analgésicos populares, como aspirina e ibuprofeno, têm 23% menos chances de desenvolver a doença, degenerativa do cérebro.

Os cientistas acreditam que a ação antiinflamatória da aspirina reduz o aparecimento de placas no cérebro, associadas ao Alzheimer.

As conclusões dos especialistas partiram da revisão de seis estudos envolvendo 13.499 pessoas, entre as quais 820 apresentaram a doença.

O coordenador do trabalho, Peter Zandi, da Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, em Baltimore, disse que os resultados são "consistentes". "Os estudos mostraram um risco reduzido de Alzheimer entre os usuários de aspirina", disse Zandi.

Estudos anteriores apontaram que a aspirina pode reduzir as chances de ataque cardíaco e ajudar na prevenção do câncer.

Os pesquisadores acreditam que ainda há muito o que se investigar sobre os benefícios da aspirina contra o Alzheimer.

"Ainda precisamos entender se é o tamanho da dose, ou o uso prolongado do remédio ou as características do paciente que influencia nos benefícios da aspirina", acrescentou Zandi.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Neurology.

BBC Brasil

Capacete é esperança para o Alzheimer, diz estudo

Cientistas britânicos estão testando um novo capacete, que emite raios infra-vermelhos e que poderia em tese ser usado para reverter os efeitos do mal de Alzheimer, segundo estudo publicado esta semana na revista científica Science Direct.

O capacete foi desenvolvido pelo médico Gordon Dougal, diretor de um instituto de pesquisas médicas na região de Durham, na Inglaterra.

Ele usou os raios infra-vermelhos pela primeira vez em humanos para a criação de um aparelho para o tratamento de herpes e percebeu que a exposição aos raios estimula a produção de novas células.

Dougal testou o uso dos raios em pacientes com demência na sua cidade e percebeu uma melhora nos sintomas da doença em 8 de cada nove doentes.
Ratos

Para ter uma base científica mais elaborada para a observação, o médico entrou em contato com uma equipe de cientistas da Universidade de Sunderland, na Inglaterra.

Os cientistas fizeram testes de laboratório usando raios infra-vermelhos em camundongos que sofriam de problemas de memória. O estudo analisou a resposta de camundongos novos (4 meses) e mais velhos (12 meses).

Os roedores mais velhos apresentavam déficit de memória em comparação aos mais jovens. No entanto, ao serem expostos a quantias seguras de raios infra-vermelhos, os camundongos mais velhos tiveram a perda de memória revertida.

Os pesquisadores sugerem que a exposição freqüente a níveis seguros de raios infra-vermelhos pode ajudar no aprendizado e ativar a função cognitiva do cérebro, já que estimula a produção de células, inclusive de neurônios.

Os primeiros testes do capacete em pacientes de mal de Alzheimer serão realizados a partir de junho em 100 doentes no Reino Unido. Segundo Dougal, para surtir efeito, os pacientes de demência deveriam usar o capacete por dez minutos todos os dias e os resultados apareceriam nas primeiras quatro semanas.
Avanço

De acordo com os pesquisadores, o estudo pode representar um avanço no tratamento da demência pois reverte os sintomas, ao invés de apenas amenizá-los, como em outros tratamentos.

"Atualmente os sintomas da demência podem apenas ser reduzidos - o novo processo não apenas vai parar os sintomas, mas parcialmente revertê-los", disse Dougal. Para a Alzheimer Society, que trabalha com a pesquisa e ajuda a famílias e pacientes de Alzheimer, a técnica tem potencial.

"Um tratamento que reverte os efeitos da demência ao invés de apenas reduzir temporariamente os sintomas pode mudar a vida de milhares de pessoas que vivem nesta condição devastadora", disse um porta-voz da organização.

"Esperamos ansiosos pelo próximo passo da pesquisa para avaliar se a exposição aos raios pode melhorar a cognição em humanos. Somente assim podermos investigar se os raios infra-vermelhos podem beneficiar pacientes de demência", concluiu.

BBC Brasil

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Grã-Bretanha rejeita proibição a pesquisas com embriões híbridos

19/05/2008 - 18h44

Os membros da Câmara Baixa do Parlamento britânico rejeitaram nesta segunda-feira uma proposta que pretendia proibir a realização de pesquisas com embriões híbridos, formados a partir da fusão de estruturas humanas e de origem animal.

A emenda analisada pela Câmara dos Comuns recebeu 336 votos contra e 176 a favor e provocou um intenso debate.

De um lado, a ministra-adjunta britânica de Saúde, Dawn Primarolo, disse que pesquisas com esses embriões podem levar a avanços no tratamento de doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer.

Do outro, parlamentares contrários a esse tipo de pesquisa disseram que a prática coloca em risco a dignidade da vida humana.

A criação dos embriões híbridos havia sido autorizada pela Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA, na sigla em inglês) da Grã-Bretanha em setembro de 2007.

A lei confirmada pelos parlamentares nesta segunda-feira autoriza e regula as pesquisas em embriões formados a partir de óvulos animais nos quais foram inseridos núcleos de células humanas.

Esses embriões poderão ser mantidos em laboratório por 14 dias, durante os quais será permitido extrair as chamadas células-tronco - que têm o potencial de se transformar em células de qualquer tecido.

Atualização das leis Primarolo ressaltou que, para que seja realizada qualquer tipo de pesquisa com os embriões em questão, os interessados precisarão convencer a HFEA de que a pesquisa é "necessária ou desejável" e garantiu que nenhum embrião será implantado no útero de uma mulher ou animal.

Mas o parlamentar de oposição Edward Leigh, que apresentou a emenda contra a proposta, disse que não acreditar que a regulamentação desse tipo de pesquisa é suficiente. "Nos embriões, temos a configuração genética completa de um ser humano e não podemos, nem devemos, fundi-la com a de um animal", afirmou Leigh. A votação foi a primeira de uma série prevista nesta semana em que parlamentares vão decidir aspectos-chave relacionados à produção de embriões e à reprodução humana.

O Parlamento britânico está atualizando um conjunto de leis aprovado em 1990, passando a considerar os mais recentes avanços da ciência.

Ainda nesta segunda-feira, parlamentares deveriam se pronunciar sobre o desenvolvimento de embriões geneticamente selecionados para produzir tecidos saudáveis compatíveis com irmãs e irmãos que sofrem de algum tipo de mal genético que poderia ser amenizado com transplantes.

Na terça-feira, será debatida uma proposta acaba com a necessidade de que crianças nascidas em tratamentos de fertilidade tenham um pai - uma proposta que poderia facilitar o caminho para casais de lésbicas e mulheres solteiras terem um filho.

Um outro projeto que será colocado em votação diminui o prazo limite atual de 24 semanas para a realização de abortos.

UOL

sábado, 17 de maio de 2008

Vitamina E pode estender tempo de vida de pacientes com Alzheimer

Grandes doses aumentam as taxas de sobrevivência em 26%.
Melhor combinação seria tomar a vitamina ao lado dos medicamentos.

Marília Juste Do G1, em Chicago

A vitamina E, encontrada em óleos vegetais, tomada em doses cavalares de suplementos, pode ajudar no tratamento do mal de Alzheimer, ao estender a expectativa de vida dos pacientes.

A informação partiu de médicos nesta terça-feira (15) durante a Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Chicago, nos EUA.

A vitamina E é um antioxidante, ou seja, impede danos às células causados pelos radicais livres. Os cientistas sabem há algum tempo que o organismo dos pacientes de Alzheimer possui uma dificuldade para “limpar” os efeitos da oxidação -– o chamado de “estresse oxidativo”. Não se sabe se isso é uma causa ou uma consequência da doença, mas há tempos se suspeita que a vitamina E possa ajudar a resolver o problema.

Para conferir, a equipe da neurologista Valory Pavlik, da Escola de Medicina Baylor, nos Estados Unidos, estudou a taxa de mortalidade de 847 pessoas diagnosticadas com Alzheimer, com idade média de 75 anos, entre 1990 e 2004.

Desse total, dois terços tomavam diariamente 2 mil unidades de vitamina E ao lado de um remédio comum no combate à enfermidade. Menos de 10% dessas pessoas tomavam apenas as unidades de vitamina; e 15% não tomavam nada.

Ao estudar os três grupos, os médicos descobriram que as pessoas com Alzheimer que tomavam vitamina E tinham uma taxa de sobrevivência 26% maior que as que não consumiam a vitamina. “São dados que mostram que esse suplemento pode ter um papel muito importante no tratamento da doença, senão na prevenção”, afirma Pavlik.

Segundo o estudo, a melhor combinação é usar a vitamina ao lado do medicamento. O uso conjunto mostrou melhores resultados do que tomar o suplemento ou o remédio sozinhos.

É importante lembrar que vitamina demais faz mal. A enorme dose usada no estudo era parte do tratamento dos pacientes. “É muito, muito acima do recomendado para pessoas saudáveis, cerca de cem vezes mais”, explica a cientista. Ela ressalta que pessoas saudáveis não podem tomar essa quantidade de vitamina e que pessoas com Alzheimer não devem fazer nada sem consultar o seu médico. Estudos anteriores a esse levantaram dúvidas sobre a segurança de doses tão altas de vitamina E.

A repórter Marília Juste viajou a convite da Biogen Idec.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Beber chá com frequência estimula memória, segundo estudo

Investigadores da Universidade de Newcastle descobriram
que beber chá regularmente, de preferência verde e preto,
estimula a memória, e esperam que os seus estudos possam
ser aplicados na cura da doença de Alzheimer.
Num trabalho publicado na revista Phytotherapy Research,
os investigadores dizem ter constatado que o chá tem
o mesmo efeito que alguns fármacos especialmente
concebidos para atenuar a doença.

A doença de Alzheimer é associada a níveis reduzidos
de uma substância química chamada acetylcholine no cérebro.
Através de testes laboratoriais, a equipa de investigadores
descobriu que tanto o chá verde como o preto inibem
a actividade da enzima acetylcholinesterase (AChE),
que quebra esta substância química.

Constaram ainda que ambos os chás inibem também a actividade
de uma segunda enzima chamada butyrylcholinesterase (BuChE),
que foi descoberta em depósitos proteicos no cérebro
de doentes com Alzheimer.
Os benefícios do chá verde foram ainda mais além,
ao obstruir a actividade da beta-secretase,
que tem um papel fundamental na produção de depósitos
proteicos associados a esta patologia.

Actualmente, os fármacos utilizados para atenuar a doença,
retardam a actividade da AChE, e outros estão a ser desenvolvidos
para inibir a actividade da BuChE e beta-secretase.
Todavia, os actuais medicamentos têm consideráveis
efeitos secundários.

Esta equipa da Universidade de Newcastle está empenhada
em prosseguir com os seus estudos sobre o efeito do chá
com o objectivo de desenvolver uma infusão medicinal
que possa tratar a doença de Alzheimer.

O próximo passo será descobrir quais os componentes
em concreto que inibem a actividade das enzimas AChE,
BuChE e beta-secretase.

26-10-2004 10:44:49
In DiárioDigital.sapo.pt
http://diariodigital.sapo.pt

Novo medicamento para Alzheimer com resultados nunca vistos

Atrofia cerebral em doentes com Alzheimer.


Um estudo, publicado online esta semana no «The Journal of Neuroinflammation», pode significar um avanço muito importante no tratamento de uma doença que afecta cada vez mais pessoas. O estudo foca-se nos resultados obtidos num paciente de Alzheimer, com 81 anos, que mostrou progressos significativos e quasi imediatos após lhe ter sido administrado um tratamento revolucionário.

O factor de necrose tumoral alfa, TNF-α, é uma citocina cujo principal papel é a regulação das células imunes mas que está envolvida na apoptose (morte «programada») da célula e em inflamações, nomeadamente doenças inflamatórias articulares (DIA), como artrite reumatóide, artrite psoriática ou espondilite anquilosante.
O TNF é um componente crítico do sistema imune cerebral que regula a transmissão de impulsos neuronais. Os autores do estudo consideraram que os elevados níveis de TNF-α presentes no líquido encefalorraquidiano (líquido cerebro-espinal) de doentes com Alzheimer interferiria com esta regulação e trataram o doente com um antagonista (que suprime a acção) do TNF.

No estudo, realizado por Edward Tobinick, director do Institute for Neurological Research e professor na UCLA, e Hyman Gross, do Departamento de Neurologia da Universidade da Califórnia do Sul em Los Angeles, o antagonista do TNF utilizado foi um medicamento já aprovado no tratamento de doenças imunes, o etanercept, comercializado com o nome Enbrel, uma proteína de fusão recombinante constituída pelo receptor P75 do TNF-α, ligado a uma parte de uma proteína humana (a fracção FC da gG1).

Os cientistas mediram o desempenho do paciente em testes cognitivos antes e depois de uma injecção de etanercept. Os resultados foram dramáticos: antes do tratamento o doente não se conseguia sequer lembrar do nome do médico que o estava a tratar, do ano em que estava ou do estado onde morava. Cerca de dez minutos após a injecção de etanercept, o doente não só estava mais calmo e mais atento como se lembrava que morava na Califórnia, sabia o dia da semana e do mês e demonstrou melhorias significativas em testes cognitivos

Numa entrevista logo após o exame, a esposa do paciente afirmou que os resultados pareciam «uma história de ficção científica» acrescentando que o marido «não era a mesma pessoa. Eu percebi que ele estava mais esclarecido, mais organizado. Quase caímos da cadeira quando vimos o que aconteceu». O filho do paciente comentou que a reacção do pai logo após a injecção foi «a coisa mais memorável que já vi».

O artigo foi acompanhado por um extenso comentário dos editores do jornal, Sue Grif­fi­n e Robert Mrak, pioneiros na área de neuro-inflamação. Griffin anuncia no comentário que a sua universidade, University of Arkansas for Medical Sciences (UAMS) em Little Rock, conduziu testes com o novo tratamento em pacientes com vários graus de Alzheimer e em todos houve «uma melhoria continuada e marcada» com «resultados dramáticos e nunca vistos».

No entanto, como notam alguns especialistas britânicos inquiridos sobre o tratamento, é necessário mais investigação para se confirmar a generalidade do sucesso da terapia. Rebecca Wood, da Alzheimer Research Trust, afirmou à BBC que «a pesquisa é promissora e inovadora, mas está na fase inicial. É preciso desenvolver mais trabalhos na área para concluir que o etanercept pode funcionar no tratamento de Alzheimer. Precisamos de investigar se o medicamento é seguro e eficaz num número maior de pacientes, além de monitorizar os seus efeitos a longo prazo».

Wood alerta ainda para o facto de ser preciso verificar se o efeito do medicamento pode de facto diminuir os sintomas da doença. «Os cientistas precisam de verificar se os benefícios não foram consequências apenas de um efeito placebo, estabelecer se são temporários e se a doença de facto é desacelerada pelo medicamento».

Neil Hunt, da Alzheimer Society, concorda com a necessidade de realizar mais estudos. «É crucial que mais pesquisas sejam desenvolvidas antes de se chegar a qualquer conclusão sobre o TNF-α e o desenvolvimento da doença de Alzheimer».

A mesma reacção foi manifestada pela empresa que produz o etanercept, a Amgen, (empresa de que Tobinick possui acções, como declarou no artigo). A Amgen comunicou que «de momento não existem dados científicos suficientes que suportem a utilização de um inibidor de TNF como forma de tratar a doença de Alzheimer. A Amgen continuará a rever os dados disponíveis acerca de uso de Enbrel® (etanercept) e outros anti-inflamatórios para o tratamento da doença de Alzheimer».

A utilização de antagonistas de TNF no tratamento de váris doenças, como as doenças inflamatórias articulares e potencialmente Alzheimer, foi recentemente eleita como uma das 10 mais notícias de saúde em 2007 pela Harvard Health Letter. De igual forma, a Neurotechnology Industry Organization colocou no top10 das tendências em neurociências no ano de 2007 os novos alvos de tratamento revelados por neuroimunologia, em que se inclui o excesso de TNF. Também a Dana Alliance for Brain Initiatives, uma organização não lucrativa que integra 200 neurocientistas destacados, incluindo 10 prémios Nobel, escolheu este estudo para discussão no seu relatório de progresso na investigaçao do cerébro.

Apesar de estes resultados serem de facto muito entusiasmantes, como notam os autores no artigo, nem todos os sintomas da doença são reversíveis, especialmente em estádios avançados em que há lesões extensas a nível cerebral.


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Posted by Palmira F. da Silva at 13:02

Labels: ciência, Medicina