sábado, 6 de junho de 2009

Droga experimental 'reverte' mal de Alzheimer, diz estudo

Cientistas americanos disseram que conseguiram reverter os efeitos do mal de Alzheimer usando drogas experimentais em ratos de laboratório.

O tratamento ajudou a restaurar a memória de longo prazo dos animais e a melhorar o aprendizado de novas tarefas, de acordo com artigo publicado na revista Nature.

As substâncias usadas estimularam a função de um gene recém identificado pela mesma equipe de cientistas, do Instituto Picower para Aprendizado e Memória do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e que está envolvido na formação da memória no cérebro.

O sucesso da experiência pode contribuir para o desenvolvimento de futuros tratamentos para seres humanos afetados pela doença.

Drogas conhecidas - As mesmas drogas usadas na experiência, conhecidas como inibidores HDAC, estão sendo testadas atualmente para o tratamento do mal de Huntington - uma doença hereditária em que ocorre a morte de neurônios e que tem entre os sintomas movimentos involuntários, diminuição da capacidade intelectual e mudanças no comportamento. Elas também já estão disponíveis no mercado para tratar determinados tipos de câncer.

Estes medicamentos reformulam a estrutura do DNA que sustenta e controla a expressão de genes no cérebro.

O gene ligado ao mal de Alzheimer sobre o qual a droga atua, histona deacetilase 2 (HDAC2), regula a expressão de vários genes implicados na habilidade do cérebro de mudar em resposta a experiências e na formação da memória.

A chefe da pesquisa, Li-Huei Tsai, explicou: "Ela provoca mudanças de longa duração em como outros genes se expressam, o que provavelmente é necessário para aumentar o número de sinapses e reestruturar circuitos dos neurônios, e assim melhorar a memória."

"Pelo que sabemos, inibidores HDAC não foram usados para tratar do mal de Alzheimer ou de demência. Mas agora nós sabemos que a inibição do HDAC2 tem o potencial de estimular (...) a formação da memória", acrescentou.

"O próximo passo é desenvolver novos inibidores HDAC2 e testar sua função em doenças humanas associadas a problemas de memória para tratar de doenças neurodegenerativas."

O tratamento com inibidor HDAC para seres humanos com mal de Alzheimer ainda deve demorar uma década ou mais, de acordo com Li-Huei Tsai. (Fonte: Estadão Online)

Nova classe de medicamentos para Alzheimer pode prevenir a formação dos emaranhados de proteína Tau e retardar o declínio das funções cognitivas

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Pharma News - sexta-feira, 01 de agosto de 2008 - 17:01

Medicamento experimental para tratar a Doença de Alzheimer mostra-se promissor nas primeiras experiências com humanos e traz esperança para os portadores desta condição. Os resultados preliminares do estudo foram apresentados na Conferência Internacional sobre Doença de Alzheimer, em Chicago, pelo professor Claude Wischik da Aberdeen University.

O medicamento, conhecido como Rember (methylthioninium chloride), foi testado em 321 pacientes com Doença de Alzheimer leve ou moderada. Eles foram divididos em quatro grupos e cada um recebeu 30, 60 ou 100 mg da medicação ou um placebo. Após dezenove meses de acompanhamento, os melhores resultados foram observados no grupo que usou a dose de 60 mg.

O estudo com humanos sugere que a nova medicação pode ser duas vezes mais efetiva que os tratamentos atualmente disponíveis. É a primeira evidência real de que uma nova droga pode retardar o declínio cognitivo em pessoas com Alzheimer tendo como alvo a proteína Tau, que causa a morte neuronal nesses pacientes.

A expectativa é que as triagens clínicas envolvendo maior número de indivíduos comecem a partir de 2009 e que o medicamento esteja disponível no mercado até 2012. Os novos estudos são necessários para confirmar a segurança do Rember e estabelecer os benefícios que ele pode trazer a milhares de portadores desta condição.

Fonte: Alzheimer's Society