sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A cura da doença de Alzheimer

publicado em tecnologia por bjr em 19 abr 2008 | 120 comentários
Alzheimer Cura Doenca medicina
Alguns especialista estão a testar uma nova droga que poderá ter a capacidade de reverter todos os sintomas da doença de Alzheimer em apenas alguns minutos. Cientistas ingleses dizem que é ainda cedo para que se possam tirar grandes conclusões, uma vez que os testes somente foram feitos num reduzido número de portadores da doença, e não podem ainda ser generalizados ou encarados como uma cura de facto eficiente.
O tratamento envolve a injecção de uma droga chamada Enbrel - que normalmente é utilizada no tratamento da artrite - na coluna, junto ao pescoço. A actuação da droga passa pelo bloqueio de um químico responsável pela inflamação. Pelo menos um dos doentes que foi tratado com este composto viu os sintomas completamente revertidos em apenas alguns minutos, enquanto outros melhoraram substancialmente na incapacidade de memorização de factos recentes, com a administração de injecções semanais.
Diversos artigos saíram já nos media sobre este assunto. Para quem possui a infelicidade de contactar de perto com esta terrível doença, fica mais alguma esperança.


Mais em: http://obviousmag.org/archives/2008/04/a_cura_da_doenc.html#ixzz13mYeXQXC

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Proteína da artrite pode proteger contra Alzheimer, diz estudo

Uma pesquisa feita por cientistas americanos afirma que uma proteína produzida pelo corpo em casos de artrite reumatoide pode ajudar a combater o surgimento do Alzheimer.
No estudo, publicado na revista científica Journal of Alzheimer's Research, camundongos que receberam a proteína GM-CSF tiveram desempenho melhor em testes de laboratório envolvendo a memória.
A proteína GM-CSF é uma das substâncias produzidas pelo sistema imunológico em pessoas com artrite reumatoide. Uma versão sintética da proteína já é usada atualmente em tratamentos contra o câncer.
Uma pesquisa já havia identificado que pessoas com artrite reumatoide têm menos tendência a desenvolver o Alzheimer. No entanto, se acreditava que isso acontecia devido ao uso de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs).
'Catadores de lixo'
O novo estudo contesta esta tese. Na pesquisa, os cientistas da University of South Florida usaram camundongos geneticamente alterados, com problemas de memória semelhantes ao dos pacientes com Alzheimer.
Os camundongos receberam tratamento com a proteína. Outros ratos receberam um tratamento com placebo, sem efeito algum.
Ao final de 20 dias de pesquisa, os animais que receberam GM-CSF tiveram desempenho consideravelmente melhor em testes de memória e aprendizagem. Camundongos que receberam o placebo não tiveram mudança no seu desempenho.
Os pesquisadores acreditam que a proteína ajuda a formar células especiais - chamadas de microglias - no sangue ao redor do cérebro. Estas células seriam responsáveis pelo combate a placas comumente encontradas em pessoas com Alzheimer.
As microglias funcionam como "catadores de lixo", indo a áreas inflamadas ou danificadas e retirando todas as substâncias tóxicas.
Os cérebros dos camundongos tratados com a proteína GM-CSF tiveram 50% a menos de beta-amiloide, uma substância que forma as placas características do Alzheimer.
Os pesquisadores também observaram um aumento nas conexões das células nervosas do cérebro nos camundongos tratados com GM-CSF, o que poderia explicar o bom desempenho deles nos testes.
Testes com pessoas
O pesquisador Huntington Potter, que liderou a pesquisa, afirma que as conclusões do estudo trazem uma "explicação convincente" sobre por que pessoas com artrite reumatóide têm risco menor de desenvolver Alzheimer.
A leukine, uma versão sintética da proteína usada atualmente em tratamentos contra o câncer, já foi aprovada pela autoridade de saúde americana. Os cientistas defendem agora que a substância seja testada também contra o Alzheimer.
"Nosso estudo e o histórico seguro do remédio sugerem que a leukine deveria ser usada em testes em pessoas como tratamento potencial contra o Alzheimer", afirma Potter.
Especialistas britânicos, que também estudam a doença, afirmam que a experiência é "um passo importante" na pesquisa sobre Alzheimer. No entanto, eles afirmam que é preciso testar se o método funciona em pessoas.
"Resultados positivos em camundongos são o primeiro passo importante em qualquer tratamento novo. É animador ver que a equipe já está planejando o próximo passo crucial, que é o teste com pessoas", afirmou Simon Ridley, diretor de pesquisa da fundação britânica Alzheimer's Research Trust.
Para Susanne Sorensen, da Sociedade de Alzheimer da Grã-Bretanha, o estudo pode ajudar a responder algumas questões que há muito tempo intrigam os cientistas.

sábado, 2 de outubro de 2010

'Serviço de encontros' pode acelerar pesquisas sobre Alzheimer


JULIE STEENHUYSEN - REUTERS

Um novo serviço pela Internet que direciona vítimas do mal de Alzheimer para pesquisas clínicas pode ajudar a resolver um dos grandes gargalos no desenvolvimento de novos medicamentos, a falta de pessoas em quem testá-los, disseram pesquisadores dos EUA na segunda-feira.
A Associação do Alzheimer estima que estejam em andamento atualmente mais de cem testes clínicos com drogas contra a demência, principalmente o mal de Alzheimer, e que dezenas de drogas experimentais serão testadas em breve. Mas há poucos interessados em participar dos estudos.
"Vamos precisar de mais de 10 mil pacientes com Alzheimer nos próximos cinco anos para preencher só os testes já planejados", disse Reisa Sperling, do Hospital Brigham and Women e do Hospital Geral de Boston, durante entrevista num encontro da Associação do Alzheimer no Havaí.
Ela disse que os laboratórios levam em média um a dois anos para arregimentar suficientes pacientes para os testes clínicos iniciais e intermediários. "Se leva 18 meses para arregimentar e os testes duram 18 meses, são três anos para cada droga", disse ela. "Isso é muito. Significa que nesse ritmo não conseguiremos testar todas essas drogas até 2030, quando teremos o triplo de pessoas com o mal de Alzheimer."
A Associação do Alzheimer estima que, até 2050, o gasto com o atendimento com norte-americanos maiores de 65 anos vítimas da doença aumentará mais de seis vezes, superando 1 trilhão de dólares por ano.
Os medicamentos atuais conseguem administrar os sintomas, mas não há tratamento que impeça a progressão do mal de Alzheimer, que começa com uma vaga perda de memória e confusão, antes de evoluir para a demência total, seguida de morte.
"Muitos centros médicos, laboratórios farmacêuticos e universidades no mundo todo estão tentando desenvolver terapias modificadoras da doença", disse Ronald Petersen, da Clínica Mayo, de Rochester (Minnesota), que preside o conselho consultivo médico-científico da Associação do Alzheimer.
"A maior barreira é o recrutamento de um número adequado de sujeitos", disse ele numa entrevista coletiva.
O novo serviço, chamado TrialMatch, funciona mais ou menos como os sites que promovem encontros de casais. Os pacientes ou seus cuidadores preenchem um perfil básico, e recebem uma lista de possíveis "pretendentes".
Quem seguir adiante pode falar com um atendente treinado, que irá ajudar o participante a entrar em contato com médicos responsáveis por estudos clínicos que estejam em andamento numa determinada região geográfica.
A Associação do Alzheimer está investindo 1,2 milhão de dólares no serviço, disponível no site www.alz.org/trialmatch.