segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ácido fólico pode diminuir o risco de Alzheimer

Publicado no Alzheimer's and Dementia - The Journal of the Alzheimer's Association - e realizado por especialistas do US National Institute on Aging, o estudo consta da análise dos dados dietéticos de 579 pessoas com 60 anos ou mais do Baltimore Longitudinal Study of Aging, com o objetivo de identificar a relação entre fatores dietéticos e risco de doença de Alzheimer.

Nenhum dos participantes mostrava sinais de demência quando o estudo começou. Os especialistas compararam os nutrientes ingeridos e os suplementos usados por indivíduos que desenvolveram mais tarde a doença com aqueles que não a desenvolveram. Eles acharam que adultos que comem diariamente a dose recomendada de folato (nutriente da vitamina B) têm um risco reduzido de desenvolver a doença.

Durante o estudo, os participantes deram informações detalhadas sobre hábitos alimentares, incluindo suplementos e calorias para um período típico de sete dias. Os pesquisadores examinaram a quantidade de nutrientes incluindo vitaminas E, C, B6, B12, carotenos e ácido fólico na dieta das pessoas e encontraram que os que consumiam pelo menos as 400 microgramas recomendadas de ácido fólico diariamente tinham um risco reduzido de 55% para desenvolver Alzheimer comparados aos que consumiam menos que esta quantidade. Como resultado, 57 dos 579 participantes desenvolveram Alzheimer.

Estima-se que uma pessoa consuma em média 200 microgramas de ácido fólico por dia na Inglaterra. Os pesquisadores dizem que o estudo influencia a sugestão prévia de que o folato reduz o risco de doença de Alzheimer.
A evidência para o benefício de outras vitaminas em mudar o prognóstico para alguém que tenha risco de desenvolver a doença de Alzheimer não é consistente, mas a evidência de que o folato pode ajudar é muito convincente, diz a Dra. Susanne Sorensen, da Alzheimer's Society.

Já foi comprovado que o ácido fólico reduz malformações fetais e estudos sugerem que ele é benéfico para proteger contra doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Também já foi mostrado que ele reduz os níveis de homocisteína - um aminoácido do sangue. Pesquisadores já mostraram anteriormente que altos níveis de homocisteína estão associados a um aumento no risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Este estudo não achou correlação entre a ingestão de vitamina C, caroteno (como beta-caroteno) ou vitamina B12 e o declínio de risco para Alzheimer.

A Dra. Maria Corrada, coordenadora da pesquisa, disse: "Embora o folato pareça trazer mais benefícios que os outros nutrientes, a mensagem principal deve ser que toda dieta saudável parece ter um impacto na limitação do risco de Alzheimer".

Outra pesquisadora, a Dra. Claudia Kawas, afirma que "é possível que outros fatores não mensuráveis possam ser responsáveis pela redução do risco, pois pessoas que ingerem grandes quantidades de um nutriente geralmente têm um estilo de vida saudável".



Fonte: Alzheimer's Association

Estudo feito com 847 voluntários indica que portadores da doença que ingeriram suplementos da vitamina viveram 26% mais do que os demais



Trabalho foi apresentado na reunião da Academia Norte-Americana de Neurologia
Divulgação Científica

Vitamina E para Alzheimer


28/04/2008

Agência FAPESP – Portadores de Alzheimer que ingerem vitamina E aparentemente vivem mais do que aqueles que têm a doença e não fazem uso do suplemento. A conclusão é de um estudo apresentado na 60ª reunião anual da Academia Norte-Americana de Neurologia, realizado de 12 a 19 de abril, em Chicago.

No estudo, um grupo de cientistas avaliou 847 portadores de Alzheimer durante uma média de cinco anos. Cerca de dois terços tomaram duas vezes por dia cápsulas com mil unidades internacionais de vitamina E junto com um inibidor de colinesterase, usado no tratamento da doença. Menos de 10% tomaram apenas vitamina E e 15% não ingeriram a vitamina.

Os pesquisadores verificaram que aqueles que ingeriram a vitamina, com ou sem o inibidor de colinesterase, apresentaram risco de morte 26% menor do que os demais.

“Trabalhos anteriores apontaram o papel da vitamina E no adiamento da progressão da doença de Alzheimer moderadamente severa. Agora, conseguimos mostrar que a vitamina aparentemente também aumenta o tempo de sobrevivência dos portadores”, disse um dos autores do estudo, Valory Pavlik, da Faculdade de Medicina Baylor, no Texas.

O estudo também indicou que a mistura da vitamina E com o inibidor de colinesterase pode ser mais eficaz do que receber apenas o medicamento. “Os resultados mostraram que as pessoas que tomaram o inibidor sem vitamina E não tiveram um benefício em seu tempo de vida. No entanto, mais estudos são necessários para determinar os motivos”, disse Pavlik.

Além dos suplementos vitamínicos, diversos alimentos são fontes importantes de vitamina E, como vegetais verdes, sementes e óleos vegetais.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Pesquisadores descobrem proteína que impede recuperação de tecido neural

RedePsi

Neurociência

21/04/2008
Neurociência

Uma equipe de cientistas descobriu uma proteína-chave para controlar o processo celular que impede a recuperação do tecido neural afetado por doenças do sistema nervoso nas quais ocorre uma inflamação, como Alzheimer, Parkinson ou derrame cerebral.

Eles identificaram e bloqueram uma proteína - a citocina pró-inflamatória IL-15 - que ativa as células da glia. Estas últimas, em estado de repouso, realizam funções de reparação do tecido neuronal e são ativadas quando ocorre uma inflamação das células neuronais.

Segundo o pesquisador Diego Gómez, membro da equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas, embora a mudança funcional contribua para reparar a lesão, com o tempo são produzidas substâncias que impedem, em algumas ocasiões, a regeneração dos neurônios e de suas conexõs, contribuindo para tornar crônicas as doenças.

Os cientistas conseguiram frear a reativação das células da glia ao bloquearem com um anticorpo a proteína identificada. Com isso, impediram que se formasse a barreira de substâncias que impede a reparação do tecido para dar a este a oportunidade de regeneração.
Para a equipe a descoberta é importante porque a molécula descoberta é relevante. Gómez sugere que só bloqueando esta proteína é possível reduzir a reatividade das células da glia e afirma que isto também pode ser alcançado bloqueando outras proteínas.


Notícia retirada da fonte:

Terra

Por Carla Destro para RedePsi

Estudo diz que novo medicamento contra Alzheimer pode aliviar sintomas em apenas dez minutos

11/01/2008
Ciência

Segundo pesquisas realizadas por cientistas americanos, a descoberta do medicamento etanercepte pode abrir novos caminhos para o tratamento de Alzheimer.

Na hora dos testes eles aplicaram uma injeção do medicamento etanercepte na espinha de um paciente de 81 anos que sofre de demência em estágio avançado. Eles observaram uma melhoria significativa na memória do doente em minutos.

"A pesquisa é promissora e inovadora, mas está na fase inicial. É preciso desenvolver mais trabalhos na área para concluir que o etanercepto pode funcionar no tratamento para Alzheimer", disse o cientista.

Saiba mais...

Fonte: BBCBrasil

Alzheimer: descobertas abrem novos tratamentos

Quarta, 2 de maio de 2007, 23h47 Atualizada às 07h40


Promissoras descobertas sobre a redução da produção de uma importante proteína cerebral nos ratos podem levar a novos tratamentos para o mal de Alzheimer, de acordo com cientistas americanos que publicam sua pesquisa na revista Science.

O Instituto Gladstone de Medicina Neurológica de San Francisco descobriu que uma redução das proteínas Tau, marcador bioquímico da degeneração neurofibrilar e importante no transporte de substâncias químicas através da célula, pode impedir as perdas de memória e outros sintomas da doença.

Os resultados destas pesquisas podem levar a tratamentos complementares nos casos mais comuns de demência. "Parece que a redução da proteína Tau tem um efeito protetor sobre o cérebro", afirmou o diretor do Instituto Gladstone, Lennart Mucke, que coordenou o trabalho.

Os pesquisadores reduziram pela metade a produção de proteína Tau no cérebro de ratos, desativando um gene produtor desta proteína. Em outros ratos, toda a produção da proteína Tau foi eliminada. Descobriu-se, então, que uma taxa reduzida de proteína Tau permitiria aos ratos com Alzheimer viver normalmente, além de torná-los menos vulneráveis às crises de epilepsia.

O mal de Alzheimer é uma demência progressiva com origens ainda desconhecidas e caracterizada por problemas de memória, na fala e perda das funções intelectuais. Ainda incurável, esta doença mata no prazo de cinco a dez anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 28 milhões de pessoas seriam vítimas de demência, sendo o Alzheimer a forma mais disseminada.

AFP

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Pesquisa relaciona lingüística e doença de Alzheimer

28/12/2005

A doença de Alzheimer, também conhecida por DA, tem sido discutida no meio acadêmico, em diversos campos, das ciências humanas à área de saúde. A professora do curso de Fisioterapia da UFJF, Cláudia Helena Cerqueira Mármora estudou o tema em sua tese de doutorado em Lingüística. A defesa acontece nesta quinta-feira, dia 22, na Universidade Estadual de Campinas - SP (Unicamp), onde ela cursou o doutorado. O trabalho foi orientado pela professora Maria Irma Hadler Coudry.

Os estudos se concentraram na área de Neurolingüística e na linha de pesquisa Cérebro, mente e linguagem, desenvolvida no Instituto de Estudos da Linguagem da universidade paulista. Minha tese foi desenvolvida a partir do acompanhamento de 12 pessoas que tinham DA aqui em Juiz de Fora e na região, explica a professora. Fizeram parte da análise a forma como as pessoas perdiam os movimentos e a fala, por exemplo.

Segundo a professora Cláudia, a doença de Alzheimer afeta, inicialmente, a memória, o raciocínio e a comunicação das pessoas. A doença é a causa mais comum de demência, um termo geral para perdas progressivas nas funções mentais. Resultados mostram que processos terapêuticos com base na linguagem verbal e a interação favorecem a manutenção de algumas das funções conhecidas por práxicas, como a fala, gestos e outros movimentos. Minha pesquisa trabalha isso, destaca Cláudia. A pesquisa é intitulada Uma hipótese funcional para (a) praxia no curso da doença de Alzheimer.

Cláudia considera que a DA não é explicada apenas por fenômenos anátomo-orgânicos. Fatores sociais, culturais e históricos na vida da pessoa podem influenciar e determinar a progressão da doença. A hipótese apresentada mostra que o resgate da memória individual e coletiva por meio da linguagem, presente na história pessoal e social, ajuda a reconstrução da memória no curso demencial.

De acordo com Cláudia, seu interesse pela lingüística surgiu ainda antes do mestrado, também na Unicamp, quando participou de um trabalho com pessoas afásicas, ou seja, com perda total ou parcial da fala. Outras informações: (32) 3229-3843 ou 3837 ou pelo e-mail marmora@terra.com.br.

Fonte: UFJF

sábado, 19 de abril de 2008

Nova investigação poderia ajudar a reverter o relógio biológico para pacientes com demência

Nova investigação poderia ajudar a reverter o relógio biológico para pacientes com demência

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Nova investigação poderia ajudar a reverter o relógio biológico para pacientes com demência


Médicos especialistas no Nordeste de Inglaterra acreditam que eles poderiam ter encontrado a chave para a volta do cérebro do relógio biológico e inverter os efeitos da perda de memória e demência.

Pioneiro de investigação na Universidade de Sunderland tem demonstrado que a exposição regular segura baixo nível infra-red light pode melhorar o desempenho ea aprendizagem kick-start a função cognitiva do cérebro.

Os resultados são um avanço científico como a data tratamentos médicos para demência só pode desacelerar a deterioração cérebro humano ensaios e agora estão a começar a ver se o tratamento poderia proporcionar a cura de doenças como Alzheimers

. Pesquisa independente realizada em Sunderland tem demonstrado que o baixo poder infra-vermelho (1072nm) pode melhorar o desempenho da aprendizagem.

Os baixos níveis de infra-vermelho usados são totalmente seguros e ocorrem naturalmente no sol. Estão actualmente a ser utilizados em novas máquinas inovadoras para o tratamento de feridas frio, que foram aprovados para NHS prescrição

. Especialistas afirmam que a fase inicial demência doentes devem ver uma melhoria da sua função cognitiva no prazo de quatro semanas, através do uso de um capacete leve em sua casa por apenas dez minutos por dia.

Human testes do solo-quebrando infra-vermelho tratamento sobre o cérebro está prevista para iniciar este Verão peritos médicos e espero que este irá travar e mesmo inverter os efeitos da demência.

A nova infra-vermelho dispositivo foi criado pelo Dr. Gordon Dougal, um diretor de uma investigação médica Virulite empresa sediada em Newton Aycliffe, County Durham, que também está por trás da máquina inovadora frio ferida.

Ele surgiu com a idéia de utilizar um nível seguro de infra luz vermelha sobre o cérebro humano, após ter revelado eficazes no tratamento de feridas frio de um processo que assenta em impulsionar as células no corpo para matar o vírus responsável, em vez de atacar Ele

. Dr Dougal disse: "As implicações desta investigação na Universidade de Sunderland são enormes tanto assim que, no futuro, poderemos ser capazes de afetar e alterar a taxa em que os nossos corpos idade.

"Enquanto não obtivermos mais velhos, as células param reparando-se e nós, porque a nossa idade células perder a vontade de regenerar e reparar-se. Esta última análise resulta em morte celular e declínio do órgão funções, para o cérebro, resultando em memória decadência e deterioração intelectual em geral Performance.

"Mas o que é que se houvesse uma tecnologia que disseram as células para reparar-se e que a tecnologia é algo tão simples como um determinado comprimento de onda da luz? Próximo a luz infravermelha penetra tecidos humanos relativamente bem, mesmo penetrando o crânio humano, tal como o sol atravessa frosted Vidro ".

Dr Dougal, que afirma que dez minutos de exposição à luz infravermelha diário teria o efeito desejado sobre o cérebro, acrescentou: "No momento tudo o que você pode fazer com demência está a abrandar o ritmo de decaimento este novo processo não vai parar só que Taxa de decaimento mas parcialmente invertê-la. "

A investigação pela University of Sunderland neurocientista, Dr. Abdel Ennaceur levou Dr Dougal para organizar ensaios clínicos em pacientes com idade memória relacionada com problemas ".

Fellow neurocientista Paul Chazot, que ajudou a realizar a investigação, acrescentou: "O tratamento pode realmente melhorar a aprendizagem capacidade. Os resultados são completamente novo esta nunca foi olhei antes

. "O Dr. Dougal do tratamento pode ter algum potencial na melhoria da aprendizagem numa situação humana, fornecendo infra-vermelhos através da thinnest partes do crânio para obter acesso máximo para o cérebro."

Prosseguimento da investigação trabalho vai continuar nesta área, financiado pelo CELS, que apoiam Healthcare investigação e desenvolvimento em universidades, hospitais e empresas, no Nordeste da Inglaterra.

SUNDERLAND UNIVERSIDADE
Langham Tower
Ryhope Road
Sunderland
SR2 7EE
Http://www.sunderland.ac.uk

Pesquisa revela que soja e peixe reduzem efeitos do Alzheimer

29/11/2004 - 14h07


Bruxelas, 29 nov (EFE).- Certos lipídios, como o ácido graxo docosahexanóico (DHA), presente em alimentos como soja e peixe, podem ajudar a prevenir e reduzir os efeitos do mal de Alzheimer, segundo uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira pela Comissão Européia (CE).

"Uma dieta rica em DHA reduz o impacto do AB42 (toxina molecular do mal de Alzheimer)", disse à EFE o chefe da pesquisa, Tobias Hartmann, do Centro de Biologia Molecular da Universidade de Heidelberg (Alemanha).

Hartmann afirmou que sua equipe, que conta com a colaboração de universidades na Hungria, Suíça, República Tcheca, Holanda, Finlândia e Israel, identificou outros lipídios que combatem o desenvolvimento do mal de Alzheimer, mas não revelou seus nomes porque ainda estão em fase de testes.

"Também descobrimos que muitos lipídios atuam em combinação", acrescentou Hartmann.

A CE realiza hoje e amanhã a oficina "Pesquisa em Nutrição e Envelhecimento", na qual serão discutidos cerca de dez projetos financiados pela UE.

Em entrevista coletiva, em que foram apresentadas outras três pesquisas, Hartmann afirmou que a doença afeta uma em cada 20 pessoas com mais de 65 anos, e uma em cada cinco com mais de 80.

A dieta rica em gordura foi identificada como um fator de risco para o Alzheimer, mas as pesquisas mais recentes sobre a doença, comumente tratada com remédios, mostraram a necessidade de ingerir certos lipídios (gorduras) para prevenir o mal. A pesquisa, que em breve entrará na fase de testes em pessoas e que conta com 2,2 milhões de euros de financiamento da UE, tem como objetivo definir uma dieta que reduza os efeitos do mal de Alzheimer.

Outra pesquisa apresentada por Rikke Andersen, do departamento de Nutrição do Instituto Dinamarquês de Pesquisa Veterinária e Alimentícia, revelou que a população européia tem deficiência de vitamina D.

O estudo analisa o nível apropriado para enriquecer alimentos como o pão com vitamina D mediante comparações entre pessoas com mais risco (mulheres, crianças, idosos e imigrantes).

Os cientistas do projeto, que conta com um financiamento da UE de 1,75 milhão de euros, apontam que a cada 30 segundos algum cidadão da UE sofre uma fratura relacionada à osteoporose e estimam que o número de fraturas de quadril aumentará 135% (de 414 mil para 972 mil) em 2050.

O médico Joel Doré, da Unidade de Ecologia e Fisiologia do Sistema Digestivo do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica de Jouy-en-Josas (França), afirmou que é mais fácil que a flora intestinal das pessoas com mais idade seja colonizada por agentes patogênicos.

Doré chefia uma pesquisa européia financiada com 1,82 milhão de euros pela UE e que pretende criar alimentos que melhorem a saúde e reduzam o risco de doença nas pessoas com mais idade.

Entre esses produtos estão os prebióticos (que não são digeridos na parte alta do estômago) e os probióticos (feitos de microorganismos, como os lactobacilos), comuns no mercado europeu.

Fonte: Uol

Cafeína pode reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

BBC Brasil

03/04/2008
11h09 (14h09 GMT)

A cafeína pode proteger o cérebro contra os danos causados por dietas ricas em colesterol e prevenir doenças como o mal de Alzheimer, sugere um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Journal of Neuroinflammation.

Segundo a pesquisa, a cafeína reforça a barreira sangüínea do cérebro – estrutura que protege o sistema nervoso central contra substâncias químicas presentes no sangue.

Estudos anteriores haviam mostrado que um nível alto de colesterol no sangue prejudica o isolamento da barreira, o que, segundo especialistas em Alzheimer, tornaria o cérebro mais vulnerável a danos que podem causar ou estimular a doença.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, alimentou coelhos com uma dieta rica em colesterol e dividiu os animais em dois grupos – um recebeu o equivalente a uma xícara de café diária e o outro não recebeu nenhuma dose de cafeína.

Depois de 12 semanas, os pesquisadores realizaram vários exames nos coelhos e identificaram que a barreira sangüínea daqueles que haviam ingerido cafeína tinha sido menos danificada pelo nível de colesterol do que a dos outros animais.

Alzheimer

Segundo Jonathan Geiger, que liderou o estudo, os resultados ajudariam a explicar porque o colesterol é um fator de risco para o mal de Alzheimer e como a cafeína pode ser usada no tratamento.

"A cafeína parece bloquear os efeitos danosos do colesterol que prejudicam o isolamento da barreira sangüínea", disse. "É uma droga segura e disponível e sua habilidade de estabilizar a barreira sangüínea no cérebro significa que a substância pode ter um papel importante no tratamento de problemas neurológicos", concluiu o pesquisador.

De acordo com a chefe de pesquisa da organização britânica Alzheimer Disease Society, Susanne Sorensen, o estudo traz informações importantes sobre os benefícios da cafeína na prevenção da doença.

"Esta é a melhor prova de que uma quantidade de cafeína equivalente a uma xícara de café por dia pode proteger o cérebro contra o colesterol", afirmou Sorensen.

Apesar disso, ela afirma que mais pesquisas são necessárias para avaliar se o impacto da ingestão de cafeína também pode ser observado em humanos.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

'Maus hábitos' podem antecipar mal de Alzheimer

17/04/2008 - 17h29

Quem bebe ou fuma muito ou tem hábitos alimentares ruins pode desenvolver a doença de Alzheimer anos mais cedo do que as outras pessoas, segundo estudos apresentados durante um encontro da Academia Americana de Neurologia, realizado nesta semana em Chicago.

Um estudo do Centro Médico Mount Sinai, da Flórida, concluiu que beber em excesso - duas ou mais doses por dia - faz com que a doença se desenvolva quase cinco anos mais cedo. Os que fumam mais de 20 cigarros por dia podem desenvolver a doença dois anos mais cedo.

O estudo foi realizado com 900 pessoas com mais de 60 anos de idade. Os participantes foram diagnosticados como possivelmente ou provavelmente tendo a doença, e as informações sobre os hábitos foram obtidas de familiares.

O estudo também concluiu que as pessoas com um gene específico - variante 4 do APOE - podem desenvolver a doença três anos mais cedo.

Os três fatores de risco juntos foram associados com o início da doença até 8,5 anos mais cedo do que aqueles com nenhum dos fatores presente.

"Os resultados são importantes porque mostram que, se conseguirmos reduzir ou eliminar a bebida em excesso e o fumo, podemos atrasar o início da doença e também reduzir o número de pessoas que desenvolvem o problema", disse Ranjan Duara, do Centro Médico Mount Sinai.

Colesterol Um segundo estudo concluiu que pessoas com mais de 40 anos e com níveis elevados de colesterol têm uma vez e meia mais chances de desenvolver Alzheimer.

Neste estudo, os cientistas acompanharam 9,7 mil homens e mulheres a partir dos 40 anos na Califórnia.

Ao comentar as pesquisas, a chefe de pesquisa da organização britânica Alzheimer's Society, Susanne Sorensen, disse que os novos estudos acrescentam dados à evidência já existente sobre o impacto que o fumo e a bebida têm sobre os riscos de se desenvolver demência.

"A melhor maneira de reduzir os risco é ter uma dieta balanceada, rica em antioxidantes e vitaminas, e praticar exercícios regularmente", afirmou.

"Não fumar, beber em moderação e checar a sua pressão e o nível de colesterol também são importantes para reduzir o risco do problema", completou Sorensen.

UOL Folha