quinta-feira, 10 de maio de 2012


Droga pode tratar ao mesmo tempo Alzheimer e Parkinson

Publicação: 07/05/2012 18:05 Atualização:

Pesquisadores britânicos descobriram uma droga capaz de tratar, ao mesmo tempo, uma gama de doenças do cérebro, como Alzheimer and mal de Parkinson. Em estudo publicado na revista “Nature”, eles evitaram a morte de células cerebrais em camundongos com doença de príon — proteínas alteradas que se comportam como agentes infecciosos. O mesmo método pode prevenir a morte de células cerebrais em vítimas de outras doenças. A descoberta, ainda em estágio inicial, foi anunciada como fascinante.

Muitas doenças neurodegenerativas são resultado do acúmulo de proteínas deformadas, que são postas em conjunto de forma incorreta. Isso acontece no Alzheimer, mal de Parkinson e doença de Huntington, assim como na doença da vaca louca em humanos.

Pesquisadores da Universidade de Leicester descobriram como o acúmulo dessas proteínas em camundongos com doença de prion resultava na morte de células cerebrais. Eles mostraram que, conforme os níveis de proteína deformada aumentavam no cérebro, as células respondiam tentando desligar a produção de todas as novas proteínas — mesmo truque usado quando as células são infectadas por vírus. Ao parar a produção de proteínas, os vírus param de se espalhar. Mas ao fechar a fábrica por um longo período, as células cerebrais acabam morrendo porque não produzem as proteínas necessárias para o seu funcionamento.

Os pesquisadores então tentaram manipular a chave que desligava a fábrica e, quando evitaram que as células desligassem, evitaram que o cérebro morresse e os camundongos viveram por mais tempo.

A ideia, que ainda não foi testada, é que se esse desligamento protege o cérebro em doença de prion, deve funcionar também em outras doenças com proteínas deformadas.


Da Agência O Globo

sábado, 5 de maio de 2012


Estudo em ratos revela anticorpos do Alzheimer
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
07/03/2012 | 11h07 | Alzheimer

Cientistas britânicos descobriram um tipo de anticorpo em ratos que bloqueia uma característica do mal de Alzheimer, com o qual surge uma potencial nova via de tratamento, segundo estudo publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos. Imagem: Fred Dufour/AFP Photo/Arquivo
Imagem: Fred Dufour/AFP Photo/Arquivo

Cientistas britânicos descobriram um tipo de anticorpo em ratos que bloqueia uma característica do mal de Alzheimer, com o qual surge uma potencial nova via de tratamento, segundo estudo publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.

Os anticorpos bloqueiam uma proteína chamada Dkk1, que por sua vez detém a formação de placa amiloide no cérebro, fator chave para o avanço da doença, segundo a pesquisa publicada na revista Journal of Neuroscience.

Quando esta placa se acumula, faz com a conexão entre os neurônios, denominada sinapse, que se perca na parte do cérebro conhecida como hipocampo, que se ocupa da aprendizagem e da memória.

"Estas novas descobertas trazem a possibilidade de que identificar esta proteína Dkk1 secretada poderia oferecer um tratamento eficaz para proteger as sinapses contra o efeito tóxido da amiloide-B", explicou a autora principal do estudo, Patricia Salinas, do Departamento de Biologia Celular e Biologia do Desenvolvimento da Universidade College de Londres (UCL).

"É importante destacar que estes resultados trazem a esperança de um tratamento e talvez a prevenção da deterioração cognitiva precoce no mal de Alzheimer", afirmou.

A pesquisa só foi realizada em ratos e mais estudos são necessários para ver se seria relevante continuá-la em humanos.

Estudos anteriores demonstraram que os cérebros de pessoas com Alzheimer, investigados em autópsias, têm níveis mais altos de Dkk1 do que os cérebros normais, mas os cientistas não têm certeza da razão.

O último estudo feito em ratos demonstrou que os animais expostos a anticorpos contra o Dkk1 conseguiam ter mais sinapses do que outros ratos com Alzheimer que não fizeram o tratamento.

A pesquisa foi financiada pelo Instituto de Pesquisas do Alzheimer no Reino Unido (Alzheimer′s Research UK) e pelo Conselho de Pesquisas em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC, sigla em inglês).

O Alzheimer, doença neurológica progressiva, ainda não tem cura e, junto com outras formas de demência, afeta 35 milhões de pessoas em todo o mundo.

Da AFP Paris