sábado, 25 de junho de 2011

Droga para tratar doença da vaca louca pode prevenir Alzheimer



Anticorpos presentes na medicação evitam danos a células do cérebro
Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer e Parkinson 
Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer e Parkinson (Creatas Images/Thinkstock)
 
Um medicamento em teste para tratar a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), mais conhecida como doença da vaca louca, pode significar também um avanço importante no tratamento do Alzheimer.

De acordo com pesquisa publicada no periódico científico Nature Comunications, dois anticorpos presentes na droga conseguem evitar que as células cerebrais sejam danificadas, uma das causas mais comuns da demência.

Segundo o achado da equipe da Universidade de Dublin, os anticorpos ICS-18 e ICSM-35, presentes na medicação, ajudam a preservar o funcionamento do cérebro e a prevenir a perda de memória, sintoma característico do Alzheimer.

“Se for provado que esses anticorpos são seguros no tratamento da DCJ, os testes em humanos poderão ter início também para o Alzheimer”, diz John Collinge, coordenador da pesquisa.

Segundo Domingos Walsh, coautor do estudo, o uso desses dois anticorpos em humano já passaram pelos testes clínicos exigidos, mas para o tratamento de outras doenças.

“O próximo passo é validar seu uso para o Alzheimer e, em seguida, começar os testes clínicos em humanos”, diz.

Fonte: Veja
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estudo mostra que a canela ajuda a combater Alzheimer

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
22/06/2011 | 19h41 | Saúde



O professor israelense Michael Ovadia transformou um trauma infantil em pesquisa de sucesso. O pivô da reviravolta é a canela, aparentemente mais do que um tempero. Segundo Ovadia, a erva aromática pode ajudar a combater uma das doenças mais misteriosas da atualidade, o Mal de Alzheimer, que afeta 18 milhões de pessoas no mundo. Há mais de 50 anos, Ovadia quase foi desclassificado num concurso de conhecimentos de Bíblia ao esquecer a resposta a uma pergunta: que ingredientes formavam o óleo sagrado usado pelos sacerdotes do Templo Sagrado de Salomão? Na última hora, se lembrou da lista, cujo ingrediente mais conhecido é a canela. Acabou tirando um respeitado segundo lugar, mas o episódio nunca saiu de sua cabeça.

Anos depois, já um renomado pesquisador do departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Tel Aviv, Ovadia decidiu pesquisar porque os israelenses antigos usavam esse óleo para limpar os artefatos sagrados do Templo e proteger seus sacerdotes de doenças causadas pelo contato com sangue devido ao sacrifício de animais. Aos poucos, foi descobrindo que a canela é capaz de neutralizar vários tipos de vírus e infecções. Mas qual não foi sua surpresa ao ousar pesquisar a eficiência da erva na inibição dos chamados oligômeros: conglomerados de proteína beta-amiloide, abundante no cérebro dos doentes de Alzheimer e acusados de causarem perda de memória em mais de 50% dos idosos com mais de 85 anos.

Ovadia liderou e um grupo de pesquisadores formado pelos professores Ehud Gazit, Daniel Segal, Dan Frankel, Anat Frydman Maor e Aviad Levin, conseguiu extrair uma substância líquida da canela que é capaz de inibir o acúmulo progressivo de agregados neurotóxicos do peptídeo beta-amiloide (A-beta) no cérebro dos indivíduos afetados. E mais do que isso: o grupo descobriu que o extrato de canela também é capaz de dissolver as chamadas fibrilas de beta-amiloides, cujo acúmulo no cérebro mata neurônios em pacientes com Alzheimer.

O estudo foi publicado na revista científica PloS ONE em janeiro e causou tanto impacto que a Universidade de Tel Aviv, que entrou com pedido de patente do extrato de canela, já deu permissão para que uma empresa privada desenvolva e distribua remédios à base de canela.

A canela, obtida da parte interna do tronco da caneleira, uma árvore nativa do Sri Lanka, já foi uma das especiarias mais valiosas do mundo. Na Idade Média, seu valor chegou a superar 15 vezes o do ouro. O motivo era seu uso não só como tempero saboroso e aroma inconfundível para fins espirituais, mas também por seus poderes medicinais. Seus compostos (acetato de cinamilo, álcool de cinamilo e cinnamaldehyde) se unem à sua composição mineral (fibra, ferro, cálcio e magnésio) para curar males.

Além dos israelenses, outras culturas milenares apontam a canela como um santo remédio. Citações do uso da erva são datadas de 4000 AC. Os egípcios a usavam para conservar a comida e como analgésico. Os chineses, contra diarreia, gripes, resfriados, indigestão e repelente de mosquistos. Na Índia, os poderes antibactericidas, antioxidantes, anti-inflamatórios e antifúngicos da erva a transformaram num dos principais compostos mediciais. Mas, até hoje, há pouca prova científica de tudo isso.

"Um dos poucos estudos concretos quanto ao poder da canela é o que provou que ela inibe o helicobater pylori, a bactéria que causa a úlcera duodenal", conta Michael Ovadia. "Mas muitas civilizações usavam ervas, plantas e outras produtos naturais contra males. O que eles usavam instintivamente, nós começamos a provar cientificamente".

Hoje, estudos apontam para os possíveis benefícios do tempero no combate a pressão alta, diabetes, herpes, acne, reumatismo, perda de memória, infecções urinárias e até mesmo alguns tipos de câncer. Funcionaria também como um anticoagulante natural indicado para mulheres grávidas e até mesmo como afrodisíaco.

Da Agência O Globo

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dieta mediterrânea associada a exercícios afasta Alzheimer

Atividade física é o diferencial mesmo quando a alimentação é saudável. 

Uma alimentação rica em peixes, azeite de oliva, nozes e legumes combinada com a prática regular de exercícios físicos é ideal para manter o cérebro afiado.

A atualização de uma pesquisa, realizada pela Columbia University Medical Center (EUA), apontou que associar a dieta mediterrânea e ter uma vida ativa afastam o risco de desenvolver o Mal de Alzheimer e outras doenças cognitivas.

O estudo avaliou mais de 1.400 homens e mulheres, residentes na França, e constatou que o risco de Alzheimer caía para 61% a 67% quanto mais a dieta se aproximava à mediterrânea.

Na pesquisa anterior, de 2006, esse índice era de 40%.

Os pesquisadores atribuem a diferença positiva ao fato de os participantes da última versão serem fisicamente mais ativos.

Os exercícios físicos, portanto, são um diferencial para manter a memória em dia.

Rica em gordura monoinsaturada, a dieta mediterrânea já era conhecida por seus benefícios ao coração.

Os principais participantes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares , diz a nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella.

Alguns dos seus efeitos é aumentar o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, além de evitar a obstrução das artérias.

Conheça as principais características da dieta mediterrânea: 

Tem baixo consumo de carne vermelha

É rica em vegetais, frutas, cereais e nozes

Tem alto consumo de peixes

Permite o consumo moderado de vinho

Usa o azeite de oliva como fonte de gordura saudável

Fonte: Minha Vida



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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Com Alzheimer, escritor Terry Pratchett cogita suicídio assistido (Postado por Erick Oliveira)

O escritor britânico Terry Pratchett, 63 anos, afirmou ter dado início ao processo que pode levar a seu suicídio assistido em uma clínica na Suíça. Segundo o site do jornal britânico "The Telegraph", o autor recebeu formulários para escolher a data e o lugar de sua morte.
Terry Pratchett, responsável pela série "Discworld", tem uma forma rara de Alzheimer com um início precoce. Ele disse que tinha recebido os formulários recentemente e agora está pensando quando irá assiná-los.
O autor tomou a decisão após acompanhar um doente de esclerose lateral amiotrófica na mesma clínica suíça em um polêmico documentário que será exibido nesta segunda-feira (13) na emissora britânica BBC Two. O filme mostra o empresário Peter Smedley, 71 anos, em suicídio assistido. Ele morreu nos braços da esposa após tomar um coquetel de medicamentos. Será a primeira vez que um suicídio será transmitido na televisão.
Prachett já vendeu mais de 65 milhões de livros da franquia "Discworld", saga de fantasia que lançou em 1983.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cientistas preveem tratamento eficaz para o mal de Alzheimer em cinco anos

CIDADE DO PANAMÁ (AFP) - Dentro de uns cinco anos haverá um tratamento eficaz para o mal de Alzheimer, que devolveria as faculdades mentais às pessoas acometidas pela doença, que atinge um terço dos maiores de 85 anos no mundo, afirmaram cientistas.

"Penso que estamos quase prontos para fazê-lo (ter um tratamento eficaz), acho que em cinco ou seis anos" existirá, disse à AFP o cientista japonês Kiminobu Sugaya, que participou no Panamá de uma "Conferência Internacional sobre Novas Descobertas do Cérebro".

Os cientistas correm contra o tempo para encontrar um tratamento para esta doença neurológica que leva à perda progressiva da memória e da linguagem, e para a qual não há cura por enquanto.

Há estudos muito avançados que demonstram que aumentando o número de células no cérebro de um paciente é possível deter o Alzheimer, explicou Sugaya, professor de neurociência da Universidade Central da Flórida, nos Estados Unidos.

Para isto são necessárias células-tronco, tiradas da etapa pré-natal de uma pessoa, que teriam que ser transplantadas ao paciente caso ele padeça de Alzheimer.

"Se se aumenta o número de células (no cérebro do paciente) é possível deter a doença", explicou Sugaya, que estuda este mal há quatro décadas.

O objetivo é que as células-tronco se transformem em neurônios saudáveis, que substituam os neurônios doentes, algo que Sugaya disse ter testado com sucesso em ratos.

"O grande desafio na próxima etapa é ter remédios que detenham a doença e impeçam o acúmulo da toxina beta-amiloide no cérebro", disse à AFP Daniel Chain, presidente da empresa americana Intellect Neurosciences Inc., dedicada ao estudo do Alzheimer.

A beta-amiloide é uma proteína que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer, criando uma espécie de emaranhado que dificulta a comunicação entre as células, explicou.

"Penso que dentro de cinco anos haverá remédios no mercado" para reverter o Alzheimer, disse Chain, explicando que eles não só deteriam o avanço da doença, como também poderiam restaurar os danos no cérebro do paciente.

"Nenhum dos fármacos que estão disponíveis hoje no mercado são eficazes contra a doença", acrescentou o especialista americano.

Os medicamentos "são administrados (ao paciente) para melhorar sua vida diária, mas não estão fazendo nada no cérebro para retardar o avanço do mal", reforçou a cientista panamenha Gabrielle Britton.

"O maior desafio agora é poder identificar um biomarcador (uma proteína ou um gene) que nos permita poder dizer, 'esta pessoa vai ter Alzheimer', para lidar com a doença desde cedo", acrescentou Britton, pesquisadora do Centro de Neurociências do Panamá.

Os especialistas asseguram que o Alzheimer têm um componente genético em 10% dos casos.

Segundo afirmou Britton, metade dos maiores de 85 anos no mundo sofrem de algum tipo de demência e a mais comum entre elas é o mal de Alzheimer.

A doença deve seu nome ao psiquiatra e neurologista alemão Alois Alzheimer (1984-1915), que no começo do século XX identificou seus sintomas e a degeneração que causa no cérebro.

Copyright © AFP.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Novo remédio avança no combate ao Alzheimer

Tratamento encontra meio de enfrentar a doença diretamente no cérebro
Todos os remédios criados para combater o Alzheimer até hoje tiveram sucesso apenas parcial. A causa: é muito difícil criar moléculas que passem pela barreira hematoencefálica, uma fortaleza que seleciona os componentes do sangue que entram no cérebro. Por isso, as tentativas de atacar as placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro e causam a perda das funções cognitivas, como a memória, acabam gerando poucos resultados.
Pesquisadores de biotecnologia da Genentech, uma companhia conhecida por criar tratamentos contra o câncer baseados em anticorpos, afirmam, porém, ter desenvolvido uma forma de passar por essa barreira e chegar ao cérebro. Suas descobertas, divididas em dois estudos publicados na revista Science Translational Medicine, podem representar tratamentos eficazes para o Alzheimer, esquizofrenia, Parkinson e até mesmo autismo. "Eles abrem uma nova fronteira no tratamento baseado em anticorpos", afirmou Mark Dennis, um dos cientistas da Genentech.
O que acontece atualmente? Pequenas moléculas podem atravessar essa barreira, mas grandes moléculas, como anticorpos criados em laboratório, ficam presas nas intricadas malhas de vasos sanguíneos do cérebro. Segundo Ryan Watts, diretor de neurosciência da Genentech, que trabalhou em ambos os estudos, menos de 0,1% dos medicamentos que usam anticorpos passam pela barreira. "Essa nova tecnologia pode melhorar significativamente esta taxa", disse Watts. O novo medicamento funciona por meio do bloqueio do beta-secretase 1 ou BACE, enzima necessária para cortar as proteínas beta-amiloide, formando placas que aderem nos cérebros dos pacientes com Alzheimer.
Cavalo de Troia — O primeiro passo do estudo obteve sucesso relativo. Testes em camundongos e macacos mostraram que os anticorpos reduziram efetivamente a quantidade de beta-amiloide no sangue dos animais, mas apresentaram um efeito modesto na redução dos níveis da proteína no cérebro.
Para superar o problema, a equipe decidiu usar uma abordagem Cavalo de Troia. Sabendo que o ferro chega facilmente no cérebro, eles fizeram o anticorpo específico para receptores de transferrina, responsável pelo transporte de ferro através da barreira hematoencefálica. Mesmo assim, as moléculas maiores continuavam presas na barreira. A saída foi deixá-las menos 'grudadas' aos receptores de transferrina. Ao chegar à barreira, então, elas 'caíam' dos receptores e entravam no cérebro.
Novos testes em ratos mostraram que os anticorpos atingiram o alvo e reduziram consideravelmente a quantidade de proteína prejudicial no cérebro. Várias empresas já estão desenvolvendo remédios que funcionam de forma parecida. "Agora nós vamos atrás disso de forma agressiva", disse Watts, acrescentando que a Genentech estudará tratamentos de anticorpos para outras doenças neurodegenerativas, além do Alzheimer.