sábado, 24 de março de 2012



Estudo em ratos revela anticorpos

do Alzheimer


06/03/2012 - 20h02 / Atualizada 06/03/2012 - 20h06


WASHINGTON, 6 Mar 2012 (AFP) -Cientistas britânicos descobriram um tipo de anticorpo em ratos que bloqueia uma característica do mal de Alzheimer, com o qual surge uma potencial nova via de tratamento, segundo estudo publicado nesta terça-feira nos Estados Unidos.


Os anticorpos bloqueiam uma proteína chamada Dkk1, que por sua vez detém a formação de placa amiloide no cérebro, fator chave para o avanço da doença, segundo a pesquisa publicada na revista Journal of Neuroscience.

Quando esta placa se acumula, faz com a conexão entre os neurônios, denominada sinapse, que se perca na parte do cérebro conhecida como hipocampo, que se ocupa da aprendizagem e da memória.

"Estas novas descobertas trazem a possibilidade de que identificar esta proteína Dkk1 secretada poderia oferecer um tratamento eficaz para proteger as sinapses contra o efeito tóxido da amiloide-B", explicou a autora principal do estudo, Patricia Salinas, do Departamento de Biologia Celular e Biologia do Desenvolvimento da Universidade College de Londres (UCL).

"É importante destacar que estes resultados trazem a esperança de um tratamento e talvez a prevenção da deterioração cognitiva precoce no mal de Alzheimer", afirmou.

A pesquisa só foi realizada em ratos e mais estudos são necessários para ver se seria revelante continuá-la em humanos.

Estudos anteriores demonstraram que os cérebros de pessoas com Alzheimer, investigados em autópsias, têm níveis mais altos de Dkk1 do que os cérebros normais, mas os cientistas não têm certeza da razão.

O último estudo feito em ratos demonstrou que os animais expostos a anticorpos contra o Dkk1 conseguiam ter mais sinapses do que outros ratos com Alzheimer que não fizeram o tratamento.

A pesquisa foi financiada pelo Instituto de Pesquisas do Alzheimer no Reino Unido (Alzheimer's Research UK) e pelo Conselho de Pesquisas em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC, sigla em inglês).

O Alzheimer, doença neurológica progressiva, ainda não tem cura e, junto com outras formas de demência, afeta 35 milhões de pessoas em todo o mundo.

Experimento americano mostra efeitos positivos na luta contra o Alzheimer


Publicação: 14/03/2012 10:05 Atualização: 14/03/2012 10:09

Um medicamento contra o câncer, já em teste em humanos, poderá reverter danos cerebrais provocados pelo mal de Alzheimer. A droga epothilone D, que, nos Estados Unidos, está na fase dois de ensaios clínicos, tem o potencial de estabilizar neurônios em processo de degeneração, além de melhorar a memória e o aprendizado. O estudo da substância como potencial arma contra doenças neurológicas foi feito em ratos, mas os pesquisadores estão animados e otimistas com os resultados.

A ciência já comprovou que o mal degenerativo está associado a dois problemas: um, o acúmulo de placas de gordura no espaço entre os neurônios; dois, os emaranhados neurofibrilares. Esses últimos se caracterizam por verdadeiros nós que surgem no cérebro. Por uma causa ainda desconhecida, uma proteína chamada tau começa a perder a função, destruindo os microtúbulos, estruturas consideradas os “esqueletos” das células. Quando atingidas, essas membranas em formato cilíndrico ficam retorcidas, formando uma confusa teia.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Células-tronco geram neurônios perdidos por Alzheimer


Redação do Diário da Saúde

Implante de neurônios

Cientistas conseguiram pela primeira vez transformar uma célula-tronco embrionária humana em um tipo de neurônio que morre logo no início da doença de Alzheimer.
A morte desse neurônio específico é uma das principais causas da perda de memória associada à doença.
Embora ainda nos primeiros passos da pesquisa, a expectativa dos cientistas é transformar essa descoberta em uma forma de transplantar os novos neurônios para o cérebro das pessoas com Alzheimer.
De início, um suprimento em larga escala desses neurônios humanos permitirá o teste mais rápido de novos fármacos para o tratamento desse e de outros distúrbios neurológicos.

Neurônios leitores da memória

Esses neurônios críticos, chamados neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal, ajudam o hipocampo a recuperar as memórias.
No início da progressão do Mal de Alzheimer, os pacientes perdem a capacidade de recuperar as memórias, mas não as memórias propriamente ditas.
Há uma população relativamente pequena desses neurônios no cérebro, e sua perda tem um efeito rápido e devastador sobre a capacidade de lembrar.
Agora que aprenderam como produzir as células, os cientistas poderão estudá-las em uma cultura de tecidos e descobrir uma forma de impedir que morram.
"Esta técnica de produzir os neurônios permite o cultivo em laboratório de um número quase infinito dessas células, permitindo que os cientistas estudem porque essa população de células específica morre na doença de Alzheimer," afirmou Christopher Bissonnette, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

A disponibilidade dos neurônios também significa que os pesquisadores poderão testar rapidamente milhares de drogas diferentes para ver qual delas pode manter as células vivas. Esta técnica é chamada de teste rápido de rastreio de alto rendimento.

Da pele ao neurônio

Os neurônios recém-produzidos funcionaram exatamente como os originais depois de serem transplantados para o hipocampo de camundongos.
Os neurônios produziram axônios, ou fibras de conexão para o hipocampo, e liberaram acetilcolina, uma substância química necessária para o hipocampo recuperar as memórias de outras partes do cérebro.

O grupo também descobriu uma outra forma de fazer os neurônios. Eles criaram células-tronco embrionárias humanas, chamadas células-tronco pluripotentes induzidas, a partir de células da pele humana e, em seguida, transformaram-nas em neurônios