sábado, 2 de agosto de 2008

Óxido Nítrico e Alzheimer

Introdução.

A doença de Alzheimer está caracterizada por se tratar de uma demência ‘global’ e progressiva, assim como pela presença de depósitos de b-amiloide.

Objectivo.

Estudarem-se os níveis de óxido nítrico sintetase (NOS) e de proteína-quinase C (PKC) neuronais para estabelecer uma relação entre estas proteínas, a teoria dos radicais livres e os níveis elevados de b-amiloide na doença de Alzheimer (DA).

Material e métodos.

O estudo foi efectuado em amostras de DA (regiões superior, média e inferior do gyrus temporal) de indivíduos controles e de doentes.

O tecido homogeneizava-se e a análise das proteínas era realizada com anticorpos monoclonais para NOS e PKC.

Resultados.

Detectaram-se níveis mais baixos de NOS neuronal constituinte (37% ± 2,5% e 52% ± 3,0) no gyrus temporal superior e inferior de doentes com DA, respectivamente.

Não se encontraram alterações na região superior nos níveis das isoformas do PKC implicadas no processamento do precursor proteico do b-amiloide.

Na região média e inferior, o nível de PKC foi de 5% ± 0,5 a 22% ± 3,0. Conclusões.

Estes resultados poderiam-se relacionar com um desequilíbrio na razão superóxido/óxido nítrico como consequência da desinibição da lipoxigenase, e ainda com uma disfunção na neurotransmissão.

Todas estas alterações seriam devidas à diminuição dos níveis de óxido nítrico. Por outro lado, poderia haver relação entre as altas concentrações de b-amiloide e a diminuição dos níveis de PKC na DA.

Fonte: Neurologia.com

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