sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Alzheimer: como lidar com essa disfunção?


Algumas atividades simples do dia a dia ajudam a adiar os sintomas da doença, mesmo que a cura ainda esteja distante

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De acordo com o Dr. Guilherme Pupo, por conta da crescente expectativa de vida, a incidência da doença está mais recorrente (Foto: Cedida)De acordo com o Dr. Guilherme Pupo, por conta da crescente expectativa de vida, a incidência da doença está mais recorrente (Foto: Cedida)
A nossa mente é um universo ainda desconhecido em alguns aspectos e que nos surpreende todos os dias, tanto de maneira positiva quanto negativa. Um dos principais mistérios que instigam pesquisadores e pessoas ao redor do mundo é a doença de Alzheimer, identificada pela primeira vez pelo médico alemão Alois Alzheimer, em 1906.
Atualmente, de acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), cerca de 1,2 milhão de brasileiros possuem o distúrbio neurodegenerativo. Ao falar sobre o mundo todo, os números alcançam a marca de 35,6 milhões de pessoas. Mas o que é essa doença que preocupa a saúde pública mundial e assusta, principalmente, quem está na terceira idade?
Desvendando o conceito
Em relação aos sintomas ocasionados pelo Alzheimer, o mais conhecido deles, sem dúvida, são as frequentes perdas de memória. No entanto, os danos vão além das falhas de lembranças.
Segundo o médico geriatra e cooperado da Unimed Bauru, doutor Guilherme Pupo, “ao longo da evolução da doença, o quadro só se agrava e ocorrem dificuldades para completar raciocínio, a pessoa não consegue encontrar uma palavra para completar o final da frase e há complicações para realizar atividades do dia a dia, por exemplo”.
Essas disfunções são fruto de diversas complicações que ocorrem no cérebro com o passar dos anos.
Tudo começa com a formação de placas que interferem diretamente na comunicação dos neurônios. “O que acontece é que o organismo, de uma hora para outra, começa a produzir uma substância proteica, chamada beta-amilóide, que vai se instalando na parede das células e gerando uma reação inflamatória e um processo de atrofia”, explica Pupo. Deste modo, o paciente passa a ter dificuldades de orientação, de atenção e cálculo, de linguagem e de funcionalidade.
Como detectar?
O diagnóstico do Alzheimer, assim como a própria doença, está longe de ser simples e demanda uma atenção a mais. Em primeiro lugar, há a realização de exames, como a tomografia e a ressonância magnética, que, de acordo com Pupo, são alguns dos primeiros passos para a identificação das proteínas que agem na degeneração cerebral.
Após essa etapa, é importante a execução de outros testes para comprovar a presença do distúrbio. Nesse contexto, podem ser aplicados alguns métodos de análise para verificar o estado mental do paciente. “No consultório, aplica-se um teste com uma escala de zero a trinta pontos. Quando o resultado é abaixo de 23/24 pontos, considera-se como um grau de demência e, dependendo do número de pontos, existem as classificações leve, moderada ou grave”, detalha Pupo.
Apoio e carinho são fundamentais após o diagnóstico do Alzheimer (Foto: Cedida)Apoio e carinho são fundamentais após o diagnóstico
do Alzheimer (Foto: Cedida)
Aprendendo a conviver
Como quase todos sabem, o Alzheimer, como grande parte das doenças neurodegenerativas, não tem cura. Além disso, não se descobriu nenhuma maneira de prevenir o seu surgimento. No entanto, após o diagnóstico, é fundamental o acompanhamento médico para adiar o agravamento do quadro. “Os remédios existentes diminuem a velocidade de evolução da doença. Por exemplo, é como diminuir a velocidade de um carro de 120 Km/h para 40 Km/h, ele vai frear, mas continuará andando”, afirmar Pupo.
Além disso, outras pequenas mudanças nos hábitos dos pacientes podem contribuir nessa batalha. O principal passo é manter o cérebro da pessoa em constante funcionamento, com a realização de atividades diariamente. “É essencial que o cérebro seja estimulado a todo momento para que ele não atrofie e perca as suas capacidades. Qualquer coisa que reforce a concentração e a memória, como a leitura, jogos de cartas, interação na internet e escrita, vai estimular e ajudar a parte cognitiva. Também é importante aprender coisas novas (utilizar a internet, por exemplo), já que é essa a maior dificuldade dos pacientes”, indica o geriatra.
Apoio de todos
O Alzheimer, apesar de ser um distúrbio que afeta diretamente o cérebro, prejudica todos os âmbitos da vida do paciente, desde atividades mais complexas até ações simples do dia a dia, como caminhar e comer. Por isso, o que as pessoas diagnosticadas mais necessitam é da atenção e do carinho de quem faz parte do seu círculo social. A companhia e a paciência nesse momento também são fundamentais para que todos se adaptem a uma nova rotina e tornem a situação menos complicada.
Para garantir que esses passos sejam seguidos, instituiu-se 21 de setembro como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. O objetivo dessa ação é promover o conhecimento sobre a demência para que a comunidade passe a ser solidária.
Outra iniciativa é a campanha Setembro Lilás, que se estende por todo o mês e visa levar informações sobre a doença e como manter o bem-estar dos idosos.
Pensando na qualidade de vida da comunidade, a Unimed Centro-Oeste Paulista apoia essa iniciativa e promove diversas ações para orientar a população que convive ou possa conviver com casos do distúrbio. Confira as dicas acessando o site www.unimedcop.coop.br.
Postado por: Carlos PAIM

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