quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Exercício mental retarda progresso do Alzheimer

Terça, 23 de janeiro de 2007, 17h15 Atualizada às 20h18

Uma quantidade modesta de atividade mental pode retardar dramaticamente o progresso do mal de Alzheimer em ratos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira. Cientistas da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, disseram que os ratos que fizeram sessões diárias de "treinamento" por uma semana a cada três meses foram capazes de conter a doença degenerativa por cerca de um ano.

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No fim desse período, os ratos que foram submetidos a exercícios mentais regulares tinham 60% menos proteínas anormais que comprometem o funcionamento do cérebro das vítimas de Alzheimer, em comparação com um grupo similar de ratos que tiveram pouca ou nenhuma oportunidade de aprendizado. Para o propósito do estudo, publicado na revista Neuroscience, a experiência de aprendizado dos animais envolveu encontrar ou redescobrir uma plataforma submersa em um tanque redondo de água.

"Este estudo mostra que o aprendizado pode retardar a neuropatologia do mal de Alzheimer em ratos geneticamente alterados para desenvolver esta doença traiçoeira e que aprender também atrasa o declínio cognitivo", disse Frank LaFerla, professor de neurobiologia e comportamento da UC Irvine. "Estas descobertas notáveis sugerem que estimular a mente com atividades, tais como a leitura de livros ou o preenchimento de palavras cruzadas, pode ajudar a retardar e/ou evitar o mal de Alzheimer em idosos", afirmou.

Em 15 meses, a vantagem dos ratos que receberam o treinamento desapareceu e os dois grupos de animais demonstraram o mesmo declínio físico e mental, supostamente porque a doença progrediu a um ponto em que os fatores de melhora não influenciavam mais, disseram os cientistas. Ainda assim, as implicações para humanos são encorajadoras.

AFP

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