sábado, 25 de julho de 2009

Flavonóides contra Alzheimer?



Cacau


* 19/07/2009 – 12:07
* Publicado em ciência, informação, química


Durante o Encontro de Verão da Sociedade Britânica de Farmacologia (Endinburgo, Escócia, 11 de julho), o Dr. Robert Willliams apresentou evidências preliminares de que alguns flavonóides podem atuar na prevenção de Doença de Alzheimer.

Estudos indicam que o consumo de vegetais ricos em flavonóides retarda a manifestação de Alzheimer. Todavia estes estudos deverão ser aprofundados, uma vez que é necessário se obter dados clínicos confiáveis.

Além disso, sabe-se que flavonóides apresentam características que desfavorecem seu transporte até o cérebro. Finalmente, não existem ainda evidências de que antioxidantes (como a vitamina E ou flavonóides) ajudem a prevenir a doença.

Mesmo assim, as investigações ainda preliminares indicam que flavonóides atuam não somente como antioxidantes, mas também através de outros mecanismos. Estudos recentes indicaram que o consumo de flavonóides do chá verde e de uvas escuras promoveu a diminuição dos sintomas de Alzheimer e, em alguns casos, melhorou as atividades cognitivas daqueles que se submeteram ao tratamento.

Um exemplo apresentado pelo pesquisador é da epicatequina, flavonóide encontrado no cacau. A substância apresentou atividade de proteção dos neurônios por um mecanismo não relacionado à ação antioxidante e reduziu alguns sintomas relacionados à doença de Alzheimer.

epicatequina

A doença de Alzheimer é um mal neurodegenerativo, que afeta entre 15 e 20 milhões de pessoas no mundo todo. Os cérebros dos doentes de Alzheimer apresentam processos celulares anormais que levam à demência. Cérebros de pessoas afetadas com a doença apresentam níveis elevados de uma proteína β-amilóide, que é tóxica em altas concentrações.

As pesquisas realizadas parecem indicar que flavonóides impedem o acúmulo desta proteína no cérebro.

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