Quarta, 2 de maio de 2007, 23h47 Atualizada às 07h40
Promissoras descobertas sobre a redução da produção de uma importante proteína cerebral nos ratos podem levar a novos tratamentos para o mal de Alzheimer, de acordo com cientistas americanos que publicam sua pesquisa na revista Science.
O Instituto Gladstone de Medicina Neurológica de San Francisco descobriu que uma redução das proteínas Tau, marcador bioquímico da degeneração neurofibrilar e importante no transporte de substâncias químicas através da célula, pode impedir as perdas de memória e outros sintomas da doença.
Os resultados destas pesquisas podem levar a tratamentos complementares nos casos mais comuns de demência. "Parece que a redução da proteína Tau tem um efeito protetor sobre o cérebro", afirmou o diretor do Instituto Gladstone, Lennart Mucke, que coordenou o trabalho.
Os pesquisadores reduziram pela metade a produção de proteína Tau no cérebro de ratos, desativando um gene produtor desta proteína. Em outros ratos, toda a produção da proteína Tau foi eliminada. Descobriu-se, então, que uma taxa reduzida de proteína Tau permitiria aos ratos com Alzheimer viver normalmente, além de torná-los menos vulneráveis às crises de epilepsia.
O mal de Alzheimer é uma demência progressiva com origens ainda desconhecidas e caracterizada por problemas de memória, na fala e perda das funções intelectuais. Ainda incurável, esta doença mata no prazo de cinco a dez anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 28 milhões de pessoas seriam vítimas de demência, sendo o Alzheimer a forma mais disseminada.
AFP
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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