19 de janeiro de 2009 • 15h56 • atualizado em 19 de janeiro de 2009 às 15h56
* Notícias
Uma pílula que ajuda a reativar a memória pode ser disponibilizada em breve no mercado. A "pílula da memória", como foi batizada, está em fase de testes e, entre os benefícios, seria a solução para quem se esquece com facilidade das coisas. As informações são do jornal britânico Telegraph.
O medicamento teria a capacidade de ajudar a evitar que as pessoas se esqueçam de datas, compromissos e informações importantes e foi originalmente criado para tratar do Mal de Alzheimer. A nova droga seria adaptada e licenciada para venda numa versão mais fraca que a utilizada por pacientes com Alzheimer.
A pílula está sendo desenvolvida por uma multinacional em colaboração com a AstraZeneca Targacept, empresa americana do setor farmacêutico, enquanto a Epix Pharmaceuticals, outra companhia dos Estados Unidos, está desenvolvendo medicamento similar. As drágeas teriam "efeitos cognitivos de reforço" específicos para tratar de pacientes com perda de memória.
Steven Ferris, neurologista e ex-membro da Food and Drugs Administration (FDA), agência americana reguladora do setor de alimentos e medicamentos, prevê que a versão mais suave da pílula esteja disponível para os consumidores em breve.
"Minha opinião é que já seria possível que ela fosse aprovada já, pois a droga mostrou-se eficaz e segura", disse Ferris, que fez os primeiros testes em pacientes da Inglaterra.
Redação Terra
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
Pacientes de Alzheimer vivem menos com antipsicóticos
Saúde
Quinta, 8 de janeiro de 2009, 11h30
Os pacientes de Alzheimer que recebem antipsicóticos - também conhecidos como neurolépticos - apresentam maiores índices de mortalidade entre dois e três anos depois do tratamento, segundo um estudo publicado pela revista The Lancet.
Os resultados do estudo do médico Clive Ballard, do Centro Wolfson para as Doenças Relacionadas com a Idade do King's College, em Londres, sublinham a necessidade de empregar tratamentos menos nocivos para os sintomas neuropsiquiátricos desses pacientes.
Estão demonstrados os benefícios no curto prazo (de 6 a 12 semanas) do tratamento antipsicótico para os sintomas neuropsiquiátricos do Alzheimer, mas também há provas de um aumento paralelo dos efeitos adversos.
Entre eles, estão o desenvolvimento do mal de Parkinson, sonolência, edemas, infecções pulmonares, declínio acelerado das funções cerebrais e hemiplegias (paralisias que impedem movimentos de um dos lados do corpo).
Todos os dados relativos à mortandade referiam-se, até agora, às 12 semanas ou menos posteriores ao início da administração desses neurolépticos.
Entre 2001 e 2004, foi realizado um estudo com pacientes britânicos entre 67 e 100 anos que recebiam tratamento antipsicótico, com tioridazina, clorpromazina, haloperidol, trifuorperazina ou risperidona.
Alguns desses pacientes continuaram sendo tratados com esta medicação, enquanto os outros passaram a receber um placebo oral.
No total, se escolheram aleatoriamente 165 pacientes, 128 dos quais receberam tratamento: 64 a base de antipsicóticos e outros 64, com placebos.
Depois de 12 meses, o índice de sobrevivência entre os do primeiro grupo era de 70%, contra 77% dos que tomavam placebo. No entanto, dois anos depois, a sobrevivência dos doentes que recebiam antipsicóticos era de 46%, contra 71% no grupo do placebo.
Depois de três anos, a diferença era ainda maior: 30% que recebiam antipsicóticos continuavam vivos, contra 59% entre os que tomavam placebo.
Em geral, o risco de morte se mostrou 42% inferior entre os que tomaram placebo ao que recebia antipsicóticos.
Segundo o autor do estudo, a "gestão psicológica pode substituir o tratamento antipsicótico sem que piorem de modo apreciável os sintomas neuropsiquiátricos".
"E embora os inibidores de colinesterase não se mostrem eficazes no curto prazo para a agitação, há provas que a memantina ou os antidepressivos como o citalopram poderiam ser alternativas mais seguras e eficazes para determinados sintomas neuropsiquiátricos".
EFE
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Quinta, 8 de janeiro de 2009, 11h30
Os pacientes de Alzheimer que recebem antipsicóticos - também conhecidos como neurolépticos - apresentam maiores índices de mortalidade entre dois e três anos depois do tratamento, segundo um estudo publicado pela revista The Lancet.
Os resultados do estudo do médico Clive Ballard, do Centro Wolfson para as Doenças Relacionadas com a Idade do King's College, em Londres, sublinham a necessidade de empregar tratamentos menos nocivos para os sintomas neuropsiquiátricos desses pacientes.
Estão demonstrados os benefícios no curto prazo (de 6 a 12 semanas) do tratamento antipsicótico para os sintomas neuropsiquiátricos do Alzheimer, mas também há provas de um aumento paralelo dos efeitos adversos.
Entre eles, estão o desenvolvimento do mal de Parkinson, sonolência, edemas, infecções pulmonares, declínio acelerado das funções cerebrais e hemiplegias (paralisias que impedem movimentos de um dos lados do corpo).
Todos os dados relativos à mortandade referiam-se, até agora, às 12 semanas ou menos posteriores ao início da administração desses neurolépticos.
Entre 2001 e 2004, foi realizado um estudo com pacientes britânicos entre 67 e 100 anos que recebiam tratamento antipsicótico, com tioridazina, clorpromazina, haloperidol, trifuorperazina ou risperidona.
Alguns desses pacientes continuaram sendo tratados com esta medicação, enquanto os outros passaram a receber um placebo oral.
No total, se escolheram aleatoriamente 165 pacientes, 128 dos quais receberam tratamento: 64 a base de antipsicóticos e outros 64, com placebos.
Depois de 12 meses, o índice de sobrevivência entre os do primeiro grupo era de 70%, contra 77% dos que tomavam placebo. No entanto, dois anos depois, a sobrevivência dos doentes que recebiam antipsicóticos era de 46%, contra 71% no grupo do placebo.
Depois de três anos, a diferença era ainda maior: 30% que recebiam antipsicóticos continuavam vivos, contra 59% entre os que tomavam placebo.
Em geral, o risco de morte se mostrou 42% inferior entre os que tomaram placebo ao que recebia antipsicóticos.
Segundo o autor do estudo, a "gestão psicológica pode substituir o tratamento antipsicótico sem que piorem de modo apreciável os sintomas neuropsiquiátricos".
"E embora os inibidores de colinesterase não se mostrem eficazes no curto prazo para a agitação, há provas que a memantina ou os antidepressivos como o citalopram poderiam ser alternativas mais seguras e eficazes para determinados sintomas neuropsiquiátricos".
EFE
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